Lista de lutadores lendários impressiona pela quantidade e qualidade.
Quem nunca deu socos no ar fingindo ser um campeão dos ringues ao ouvir o tema de “Rocky, Um Lutador”? Mesmo que você não goste muito de lutas, o boxe é um dos esportes mais emblemáticos de todos. Tanto que até hoje foi o que teve maior sucesso em ser retratado na literatura e no cinema. Exemplos não faltam. E quando a Eletronic Arts lançou “Fight night 3”, as lutas de boxe finalmente passaram a ser bem representadas no mundo dos games. Mas ainda faltava realismo, e essa é a principal característica e virtude de “Fight night Round 4”.
Com uma equipe totalmente diferente de desenvolvedores que tinha seu predecessor, o jogo melhorou em todos os aspectos, como na mecânica dos movimentos, em detalhes absurdamente reais – gotas de sangue que chegam a respingar pelo ringue –, e principalmente nos detalhes físicos dos lutadores. A textura da pele dos personagens é incrivelmente humana, sofrendo deformações em tempo real de acordo com os golpes que você leva durante o combate.
Outro grande destaque nos gráficos é o efeito de descanso e contração dos músculos, que segue a física adequada aos movimentos de socos, esquivas, explosão e cansaço. E sem qualquer sinal de lentidão, serrilhados, bugs ou colisões.
Os dois botões analógicos seguem sendo a "espinha dorsal". O esquerdo comanda a movimentação do lutador, enquanto o direito desfere os socos nas direções indicadas. Já os botões superiores - em conjunto com os analógicos - servem para esquiva, bloquear as investidas do adversário e dar golpes mais poderosos, extremamente importantes em “Fight night 4”.
Quem não está acostumado com o controle pode levar algum tempo para pegar o jeito, pois é necessária coordenação para acionar tudo com precisão. Isso sem contar com os botões tradicionais, que têm funções mais específicas, porém não tão utilizados numa luta, como empurrar um adversário que o está encurralando contra as cordas, dar um "clinche" (agarrar o outro lutador para recuperar o fôlego), ou mesmo para jogar sujo e dar umas cabeçadas. Mas nada de morder a orelha ao estilo Mike Tyson.
Contudo, quando se pega o jeito o sistema funciona de forma muito fluida e intuitiva, dando o ritmo dinâmico que um combate de boxe real exige. Além do fato de que a EA anunciou que em setembro disponibilizará online um novo pacote que permite a personalização dos controles.
Além disso, cada lutador tem seu estilo e suas características físicas. Maior envergadura ajuda na luta "por fora", mais distante. Para manter esse tipo de luta, deve-se investir nos "jabs", socos menos potentes que mantém o adversário ao alcance de seus braços longos e preparam para golpes mais poderosos. Já os mais atarracados levam mais vantagem "por dentro", o que significa um combate mais colado, truncado e traiçoeiro, onde um "upper" (o soco de baixo para cima) é mortal.
Os treinamentos estão mais variados, só que mais difíceis. Agora você vai ter de suar pra valer nas academias, mas essa característica gera um ganho interessante ao sistema de pontuação de qualidade de cada lutador, que muito ganhou em complexidade e, por conseguinte, em realismo.
Outra opção que faz falta são os combates históricos, como: Ali vs Foreman em Kinshasa, no Zaire (belamente retratada no documentário “Quando Éramos Reis); Ali vs Frazier em Manila, nas Filipinas; as seis lutas memoráveis dos eternos rivais LaMotta e ‘Sugar’ Ray Robinson; os embates entre Julio Cesar Chaves e o quase invencível Roberto “Manos de Piedra” Duran... só para dar alguns exemplos. Mas quem sabe você fará história com uma dessas batalhas históricas? E aí, vai encarar?
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